O que é Machine Translation Post-Editing?
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março 31, 2022O trabalho de revisão consiste em ler o texto traduzido para adequá-lo aos objetivos do cliente. Mas, dentro dessa definição, há vários aspectos que precisam ser considerados, alguns dos quais nem são visíveis para quem não participa do processo.
Pense na imagem de um iceberg: apenas 10% de sua estrutura é visível fora da água, mas há um colosso de gelo submerso que nossos olhos não alcançam. É aí que mora a maior parte do esforço empregado na revisão de tradução. Veja a seguir 5 aspectos que precisamos levar em conta na hora de revisar traduções.
1. Gramática e ortografia
Verificar se o texto está adequado de acordo com as normas gramaticais e ortográficas é apenas a ponta do iceberg. Para isso, podemos contar com o auxílio de ferramentas automáticas, como o corretor ortográfico no Word e de várias ferramentas de Quality Assurance (QA), mas nada substitui o conhecimento profundo da língua e uma leitura atenta. Afinal, tem erros de digitação que só o olho humano treinado é capaz de enxergar!
2. Instruções específicas
Todo projeto tem suas particularidades. Durante a revisão, precisamos nos atentar para as instruções específicas informadas no briefing ou handoff de revisão. Essas instruções podem ser as mais variadas, mas geralmente incluem o escopo da revisão, os materiais de referência, como guias de estilo e glossários, além das particularidades do projeto em si. Por exemplo, se há termos que não devem ser traduzidos, como lidar com links que aparecem no texto, entre muitas outras questões que devem ser consideradas na revisão.
3. Leitura e cotejo
A leitura é a atividade principal da revisão. É lendo o texto que conseguimos identificar problemas de estilo, ortografia e formatação. Mas também é na leitura que descobrimos do que se trata o texto, que assunto está sendo abordado e o que devemos esperar desse conteúdo. Assim, ao fazer uma leitura atenta, comparando sempre a tradução e o texto original (cotejo), podemos identificar inconsistências, ambiguidades, adições ou omissões, e resolver os problemas necessários.
4. Estilo e tom de voz
O estilo é um conjunto de orientações que define como nos expressamos. Essas orientações costumam ser organizadas em um guia de estilo, que pode conter preferências de pontuação, formato de datas e valores numéricos, entre várias outras especificidades. Ao revisar um texto para “melhorar o estilo”, não devemos fazer alterações baseadas em gosto pessoal, mas no conjunto de preferências que define o estilo do cliente.
Já o tom de voz define a identidade de uma empresa ou marca, como ela deve soar em suas comunicações, o que também é definido por preferências, como uso de voz ativa e passiva ou do registro informal ou formal.
5. Informações factuais
Em tempos de “fake news”, a verificação de fatos e informações não deve estar restrita apenas ao jornalismo. Ao ler um texto, podemos identificar informações desatualizadas ou incorretas, e, caso isso aconteça em um texto que estamos revisando, pesquisar e verificar a informação e reportar ao cliente em caso de inconsistências factuais é uma prática de due diligence e demonstra boa ética profissional.
Por fim, se você for revisar uma tradução ou qualquer outro texto, pense que você pode ser a última pessoa a ver aquele texto antes da publicação. Por isso, é sua responsabilidade garantir a entrega de um texto sem erros gramaticais, ortográficos e factuais, e consistente com as instruções de terminologia, estilo e tom de voz do cliente.
Quer saber mais sobre o processo de revisão de tradução? Assista a palestra Dicas para otimizar o seu processo de revisão da nossa revisora Luiza Ferreira na Translators 101.
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